segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Vá!

Tua mão cheira a sexo. Eu nem me importo. Teu cabelo se enrosca a outros. Eu sei. E eu nem olho. Tua boca beija mil outras presas. Eu sei. E eu nem ligo. Teu coração se multiplica por todas as partes e se esquece do meu. E eu sei. Eu quase nem choro. Você não vê. E eu me cego. Faça sangrar e me leve junto. Ou me deixe sangrar só. Lhe dou a cara à bater para que possas me espancar. Me espancar com suas flores vermelhas. Vá e volte. Me esqueça e se lembre. Mas não demore, nossa indiferença e nosso ódio não irá nos sustentar por muito tempo.

Agosto 2012

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Sagitarius

És como júpiter, brilhante e gigante em meu céu. És como um cometa que se vai rápido, mas que deixa o rastro de esperança em meu cometa, e que assim espera poder se juntar ao teu, para explodir e criar uma imensidão vasta de estrelas em uma constelação formada por fragmentos nossos. És como um centauro. E tua morte representa a constelação de Sagitário como uma das mais belas existentes. Trazes assim para mim uma relação de amor e dor no intrínseco de meu âmago. Diante de nossos cometas a nossa explosão trás a somatória da mais pura e bela espontaneidade dos seres que nos habitam. Poderíamos nos formar uma soma de mil cores e mil tons espalhados por todo ego que possuímos. Um caos de cores e luz. Implorar-te-ia mil vezes para que ficasses ao meu lado, para que não fosses embora, para insistires no que habita dentro de nossos corpos. Porém, as estrelas brilhantes desta noite erraram os caminhos e os astros se perderam. Mas peço que não se perca de mim. Vá! Faça o trajeto de seu destino, mas volte. Volte e quebre esse caleidoscópio que existe dentro de nossos corações, deixe-nos tornar multicor. Deixe-nos brilhar. Deixe-nos traçar nosso próprio cosmo. Deixe-nos guiar pela beleza do universo que nos envolve e nos alimenta. Deixa nossos corpos se tornarem uma eterna troca de luz e cor, uma eterna troca de sorrisos e alegrias, de amor e paixão. Deixa-nos ser vermelho como uma erupção. Deixa que teu batom preto de júpiter tome conta de minha boca. Deixe que o caos tome conta de ti. Deixe-nos dançar ao redor das constelações. Deixe que as estrelas guiem nossas cores para que possamos jorrar o que há dentro de nós além do universo.


Agosto 2012

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A Cores que nos Rondam

És como um vermelho pra mim. És um complementar que trás toda tua força e mistério para a relação de vida e de morte no intrínseco de meu âmago. És a protagonista da história, a cor por excelência, a cor arquitípica, a primeira de todas as cores. És a cor de meu amor, mas não sabes e não sabes nem o que há dentro de si, mas eu sei, eu sou seu complementar e eu deveria ser o verde da terra que a ensina em como transformar toda a beleza que possues em um cometa cheio de fogo prestes a explodir. Mas você não me deu oportunidade de ensiná-la e nossas vidas enquanto efêmeras dependerão de nossas cores que se complementam e se somam. Nossas somatórias tão confusas em meus pensamentos mais profundos que me fazem pensar que você não me vê como o teu verde, não me vês como o teu complementar que te mostra a força que tens, pois me olhas como um azul que junta-se ao vermelho e soma, soma mil cores e mil tons espalhados por todo ego que possuímos. Deixa eu quebrar esse caleidoscópio que existe dentro de nossos corações e tornar as nossas vidas mais belas. Me deixa ser seu verde, seu lado multicor, deixa ser quem te complementa e te possui desde a origem da vida para que assim você alimente, me alimenta do teu batom vermelho assim como seus raios vermelhos do sol que possibilitam a fotossíntese de minhas folhas verdes, podemos ser como a química da luz, onde a tua luz vermelha complementa o meu verde com uma energia reluzente e meu pigmento verde trás o sentido da tua existência. Podemos ser assim então uma eterna troca de cores, uma eterna troca de sorrisos e alegrias. Me deixa ser e nossa roda da vida nos tornará em o meu verde e o teu vermelho até que todas nossas cores se juntem e se espalhem pelos céus e pela terra.



Junho de 2012