sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Timbre com cor-pigmento de azul-ardósia

Cada dia que se passa me sinto mais fria, me desapegando à todas as coisas, sem sentir gosto de nada, e quase não vejo 'cores' nas coisas, mas o tempo passa, e eu sempre fico com todas essas inseguranças, tanto das coisas quanto do mundo, e se eu não parar eu vou pirar, mesmo, as vezes me pego pensando em coisas tão bobas, insignificantes que acabam em mostrando o quanto eu sou insegura, fora parte eu não acho um sentimento bom, mas é tão normal, e ao mesmo tempo tão tão bobo, ao ver as coisas assim; e então acabo achando que acabar sendo fria pelo menos nessa fase não é tão ruim ao quanto ser tão doce e me desmanchar em água, já que não terei o que me machucar, e no que me machucar; toda essa minha vontade de calar-me, acaba trazendo insegurança, as vezes me acho tão áspera e irônica e no entanto em outros momentos me acho tão idiota e boboca, que muitas vezes só falo merda, realmente; e então ao me calar sinto-me fazendo-me um favor pro meu interior, se calar às vezes pode ser uma das maiores satisfações, à mim, simplesmente acabar com esse meu ser imaturo e inseguro de uma vez; para poder ver e sentir, porque seria tão bom voltar a ver as cores, cores dos sorrisos, as cores dos abraços, as cores da música, dos sons, dos timbres, da telas, até mesmo as cores do cinema polonês que ao ser tão tedioso pra uns era tão divertido à mim. só quero de volta tudo isso, as cores, os sons, os prazeres, meus sentires. mas como não tenho motivações, não tem como, simplesmente prevejo que essa fase será tão insípida quanto um sentir preto e branco à um som sem imagem ou à uma t.v. sem som; mesmo sabendo que amanhã todo esse pensamento pode vir à mudar.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Corresponde, conseqüentemente, sentimentos à individualização(ou não).

Tou cansada dessas pessoas que insistem em julgar pela aparência, poxa isso não é sinônimo de caráter muito menos de qualquer personalidade, isso não vai fazer dos teus atos a dignos, as vezes eu me sinto tão estranha ao redor dessas pessoas, poxa ninguém enxerga um palmo na frente do nariz, isso é irritante pô, é tanto quanto eu mesmo nos meus momentos de euforia ( que tô conseguindo parar), e tá eu não devo satisfações a ninguém, nem por estar falando isso, muito menos de ter que descrever a minha repugnância ao acordar dessa vida boêmia, tento me distrair à cada momento possível, pois é horrível saber desse viver, talvez eu esteja só carente demais não digo de afeto nem de toque, falo de coração, alguém que se importe, de verdade, e que esteja sempre aqui, que me entenda mais que ninguém, a pessoa que eu esperava, já perdi tezão e logo razão, não espero mais, preciso apenas de um garoto muito mais que compreensivo, e que não seja nenhum pouco frio, necessariamente que não precise se expressar, mais sim sentir, apenas isso, não quero falar de coisas insípidas, nem ao menos tocar em coisas frias, talvez eu só esteja tentando me conformar com a realidade que vivo, tentar me iludir até achar uma resposta para que ela realmente não seja isso. ai, todos esses problemas "emocionais, sentimentais & racionais" que eu tô passando psicológicamente, estão refletindo tanto na escola, minhas notas estão de vento em poupa indo de mal à pior. mas vou tentar melhorar, pelo menos o meu 'psico'. até porque não tô mais aguentando todo esse vácuo e esse dias tediosos e nada boêmios, cheios de insignificâncias dentro de mim.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

este was, este were

O meu passado, o nosso passado, o seu passado, não sei, mas traz tantas mágoas, tantas tristezas, angustias, mas ao mesmo tempo tu podes se sentir tão bem ao lembrar de alguns momentos, os mais importantes, hoje mesmo, lembrei do meu avô, é tão frio lembrar disto, lembrar dos meus cinco anos (tinha essa idade quando meu avô faleceu), sabe é duro saber que não vou dar mais um abraço, essas coisas que ficam só na memória, a garotinha correndo e o avô de braços abertos com um monte de balinhas nas mãos, um abraço firme, pega as balinha e sai, sem dar satisfações, e ainda após disso conseguir lembrar que no velório não derramei uma lágrima dos meus olhos, e ainda tive a coragem de pegar um 'chacualhinho' e fazer "musica" no meio de tantas pessoas, estava sorrindo, acho que não sabia do que se tratava no momento, sem nem ao menos lacrimejar ao ver, mas são lágrimas que derramo hoje, tudo bem, eu era criança, eu sei, mais só depois de muita burrada que se vê o tamanho do burro que se fez, essa minha irresponsabilidade, as vezes me irrita, chega a me dar certa angustia e repugnância por simples fatos. e minha mãe ainda me diz que é errando que se ganha experiência, tudo bem, de certa forma sim, mais seria perfeito não errar mas ao mesmo tempo seria tão trágico não errar, ficar pensando como seria se tivesse jogado tudo para o alto, talvez tivesse feito a coisa certa que pra uns é errado, é confuso é complexo, essas razões não são como o passado, que se define, são coisas indefinidas, um 'destino' talvez, mais não quero impor esse pensamento 'pseudo-contemporâneo', é injusto, "se eu posso pesar que Deus sou Eu." e assim talvez tudo isso não tenha um real sentido.