És como júpiter, brilhante e gigante em meu céu. És como um cometa que se vai rápido, mas que deixa o rastro de esperança em meu cometa, e que assim espera poder se juntar ao teu, para explodir e criar uma imensidão vasta de estrelas em uma constelação formada por fragmentos nossos. És como um centauro. E tua morte representa a constelação de Sagitário como uma das mais belas existentes. Trazes assim para mim uma relação de amor e dor no intrínseco de meu âmago. Diante de nossos cometas a nossa explosão trás a somatória da mais pura e bela espontaneidade dos seres que nos habitam. Poderíamos nos formar uma soma de mil cores e mil tons espalhados por todo ego que possuímos. Um caos de cores e luz. Implorar-te-ia mil vezes para que ficasses ao meu lado, para que não fosses embora, para insistires no que habita dentro de nossos corpos. Porém, as estrelas brilhantes desta noite erraram os caminhos e os astros se perderam. Mas peço que não se perca de mim. Vá! Faça o trajeto de seu destino, mas volte. Volte e quebre esse caleidoscópio que existe dentro de nossos corações, deixe-nos tornar multicor. Deixe-nos brilhar. Deixe-nos traçar nosso próprio cosmo. Deixe-nos guiar pela beleza do universo que nos envolve e nos alimenta. Deixa nossos corpos se tornarem uma eterna troca de luz e cor, uma eterna troca de sorrisos e alegrias, de amor e paixão. Deixa-nos ser vermelho como uma erupção. Deixa que teu batom preto de júpiter tome conta de minha boca. Deixe que o caos tome conta de ti. Deixe-nos dançar ao redor das constelações. Deixe que as estrelas guiem nossas cores para que possamos jorrar o que há dentro de nós além do universo.