segunda-feira, 31 de março de 2008

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Sob o orvalho e a neblina observava seus olhos ardentes, percebia a intensidade que sentia, ele desejava o recomeço, mas não sabia por onde cair primeiro, não sabia nem se deveria cair, falava sobre o tempo e não conhecia seus ponteiros em números certos, escrevia nas entrelinhas palavras bonitas e não se via, mas estava sempre ali, em primeira, segunda, terceira pessoa, numa freqüência quase sem querer. Tinha vontade de ver seu velho eu, cara à cara em seu espelho, mas nunca o via, e foi ao quebrar o espelho que ele decidira viver novamente, mesmo sem saber por onde começar, não sabia nem se deveria ter um começo, queria apenas uma qualquer situação a qualquer momento que o surpreendesse, sem ambições, sob a adrenalina, pensava em mil coisas, experimentava outras mil e em outras tantas, só queria cada vez mais o agora, em uma voz repetitiva.

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