(...) Estavam sob a luz da lua suntuosa, deram uns cinqüenta passos na areia da praia, olhavam as estrelas e lhes fizeram um pedido incomum, aproximaram seus rostos, naquela emoção perplexa deram um sorriso peculiar, olharam adentro de seus olhos ofuscantes, sentiram a sincronia - mesmo sem se sentir, sob a trilha sonora do céu, se tocaram, rasgaram seus princípios sob a quizila do tempo, nas pontas dos pés fitavam-se, então abriram seus braços pálidos e seus corpos se tornaram um só.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Bona fide

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Alibi

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Natal na Ilha do Nanja
"Na Ilha do Nanja, o Natal continua a ser maravilhoso. Lá ninguém celebra o Natal como o aniversário do Menino Jesus, mas sim como o verdadeiro dia do seu nascimento. Todos os anos o Menino Jesus nasce, naquela data, como nascem no horizonte, todos os dias e todas as noites, o sol e a lua e as estrelas e os planetas. Na Ilha do Nanja, as pessoas levam o ano inteiro esperando pela chegada do Natal. Sofrem doenças, necessidades, desgostos como se andassem sob uma chuva de flores, porque o Natal chega: e, com ele, a esperança, o consolo, a certeza do Bem, da Justiça, do Amor. Na Ilha do Nanja, as pessoas acreditam nessas palavras que antigamente se denominavam "substantivos próprios" e se escreviam com letras maiúsculas. Lá, elas continuam a ser denominadas e escritas assim.
Na Ilha do Nanja, pelo Natal, todos vestem uma roupinha nova — mas uma roupinha barata, pois é gente pobre — apenas pelo decoro de participar de uma festa que eles acham ser a maior da humanidade. Além da roupinha nova, melhoram um pouco a janta, porque nós, humanos, quase sempre associamos à alegria da alma um certo bem-estar físico, geralmente representado por um pouco de doce e um pouco de vinho. Tudo, porém, moderadamente, pois essa gente da Ilha do Nanja é muito sóbria.
Durante o Natal, na Ilha do Nanja, ninguém ofende o seu vizinho — antes, todos se saúdam com grande cortesia, e uns dizem e outros respondem no mesmo tom celestial: "Boas Festas! Boas Festas!"
Na Ilha do Nanja, pelo Natal, todos vestem uma roupinha nova — mas uma roupinha barata, pois é gente pobre — apenas pelo decoro de participar de uma festa que eles acham ser a maior da humanidade. Além da roupinha nova, melhoram um pouco a janta, porque nós, humanos, quase sempre associamos à alegria da alma um certo bem-estar físico, geralmente representado por um pouco de doce e um pouco de vinho. Tudo, porém, moderadamente, pois essa gente da Ilha do Nanja é muito sóbria.
Durante o Natal, na Ilha do Nanja, ninguém ofende o seu vizinho — antes, todos se saúdam com grande cortesia, e uns dizem e outros respondem no mesmo tom celestial: "Boas Festas! Boas Festas!"
E ninguém, pede contribuições especiais, nem abonos nem presentes — mesmo porque se isso acontecesse, Jesus não nasceria. Como podia Jesus nascer num clima de tal sofreguidão? Ninguém pede nada. Mas todos dão qualquer coisa, uns mais, outros menos, porque todos se sentem felizes, e a felicidade não é pedir nem receber: a felicidade é dar. Pode-se dar uma flor, um pintinho, um caramujo, um peixe — trata-se de uma ilha, com praias e pescadores ! — uma cestinha de ovos, um queijo, um pote de mel... É como se a Ilha toda fosse um presepe. Há mesmo quem dê um carneirinho, um pombo, um verso! Foi lá que me ofereceram, certa vez, um raio de sol!
Na Ilha de Nanja, passa-se o ano inteiro com o coração repleto das alegrias do Natal. Essas alegrias só esmorecem um pouco pela Semana Santa, quando de repente se fica em dúvida sobre a vitória das Trevas e o fim de Deus. Mas logo rompe a Aleluia, vê-se a luz gloriosa do Céu brilhar de novo, e todos voltam para o seu trabalho a cantar, ainda com lágrimas nos olhos.
Na Ilha do Nanja é assim. Arvores de Natal não existem por lá. As crianças brincam com. pedrinhas, areia, formigas: não sabem que há pistolas, armas nucleares, bombas de 200 megatons. Se soubessem disso, choravam. Lá também ninguém lê histórias em quadrinhos. E tudo é muito mais maravilhoso, em sua ingenuidade. Os mortos vêm cantar com os vivos, nas grandes festas, porque Deus imortaliza, reúne, e faz deste mundo e de todos os outros uma coisa só.
É assim que se pensa na Ilha do Nanja, onde agora se festeja o Natal."
Na Ilha de Nanja, passa-se o ano inteiro com o coração repleto das alegrias do Natal. Essas alegrias só esmorecem um pouco pela Semana Santa, quando de repente se fica em dúvida sobre a vitória das Trevas e o fim de Deus. Mas logo rompe a Aleluia, vê-se a luz gloriosa do Céu brilhar de novo, e todos voltam para o seu trabalho a cantar, ainda com lágrimas nos olhos.
Na Ilha do Nanja é assim. Arvores de Natal não existem por lá. As crianças brincam com. pedrinhas, areia, formigas: não sabem que há pistolas, armas nucleares, bombas de 200 megatons. Se soubessem disso, choravam. Lá também ninguém lê histórias em quadrinhos. E tudo é muito mais maravilhoso, em sua ingenuidade. Os mortos vêm cantar com os vivos, nas grandes festas, porque Deus imortaliza, reúne, e faz deste mundo e de todos os outros uma coisa só.
É assim que se pensa na Ilha do Nanja, onde agora se festeja o Natal."
Por Cecíclia Meireles.
sábado, 1 de dezembro de 2007
Frustração de merda
Bem, eu diria: que inútil isso, querer por minha repugnância escondida pra fora, e não conseguir coisa nenhuma, que raiva, que joça. tenho que ir assistir manhattan connection agora, não leia cousa alguma se você ler primeiro essa frase, grr.porque sabe, tudo isso é só revolta de quando alguém diz pra largar de algo! e bem, não o faço. não mesmo. isso esbanja, repugnância dá minha parte, estes são hipócritas e não conselheiros, hão de tirar o meu viver. sim. mais não deixo. não. Revoltante, revoltante, essa minha frustração de não conseguir escrever nada relevante ultimamente, quase morro.
Foto: quarto e studio de alfred e., por ele mesmo.
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Aequitas
"É pelo vosso ocaso sobretudo, meus pensamentos, escritos e multicores, tenho ainda cores, talvez muitas cores, muitas ternuras multicores e cinqüenta gradações de amarelo e marrom, de verde e vermelho — mas por tudo isso, ninguém saberá adivinhar como me aparecesses em vossa manhã, oh vós! -; centelhas imprevisíveis, prodígios da minha solidão, oh vós meus antigos, adorados, meus maus pensamentos!", acusa-te, não aos deleitáveis tons.
"O mundo ri, o odioso véu cai,
E eis que a luz se casa com a misteriosa,
subjugadora Noite." acusa-te, e aos demasiados hiperbóreos.
esses finais triunfantes em além do bem e do mal por Nietzsche, me fascinam.
domingo, 4 de novembro de 2007
Ad salutem
sábado, 27 de outubro de 2007
Appellandum
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Station 7

sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Timbre com cor-pigmento de azul-ardósia
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Corresponde, conseqüentemente, sentimentos à individualização(ou não).
terça-feira, 4 de setembro de 2007
este was, este were
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Pessoas ásperas, Sorrisos falsos.
Tenho saudades dos velhos tempos, as pessoas hoje em dia são ásperas, não me contento com esses 'sorrizinhos' irônicos e falsos que recebo diariamente, espero que seja apenas falta de ética de algumas pessoas, até porque sinto certa repugnância por isso, já me cansei de tudo isso e mais um pouco, vejo certa futilidade à toda hora ao meu redor, não me sinto bem com isso, nem com todas essas pessoinhas insignificantes que me rodeiam, sabe sinto um vazio escuro apenas por reconhecer este meu âmago de sentir e não ter; anyway, hoje se eu pudesse nascer novamente, me faria 'conseguir viver em um mundo mágico cheia de pessoinhas mutáveis e divertidas à disposição de pessoinhas com mentes criativas à todo tempo junto à pessoas pensantes', enfim, tenho me sentindo muito cansada ultimamente, e só escrevo quando não tô me sentindo realmente prestável, enfim, tô com severas saudades do sítio e de todos os outros lugares onde consigo ficar literalmente bem.
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Furti
Olho pra essa foto e lembro de tudo, a dor é inevitável e é horrível sentir, me feriste, agora sinto um vazio um vácuo dentro de mim que compartilho com o vento, é algo que me aflige, me machucaste, meu olhos ficam ardentes, minha cabeça pesa, meu olho lacrimeja, minha barriga arrepia, minha boca suspira, fico sufocada, tenho uma solidão nua, meus dias são abstratos, me pergunto por onde andas tu, me deixas tão só, recebo sorrizinhos falsos, talvez seja falta de ética, sinto repugnância & um vazio escuro no meu café da manhã, tenho agonia destas horas, hã neste estado vou a demência, ninguém me pode valer ou criticar este meu 'pequeno' drama, porque só eu conheço o âmago deste meu sentir, queria poder expressar-me, mas é algo surreal, independentemente de qualquer comentário obscuro, filosofia obsoleta, texto perojativo, ou palavras consolativas, confesso-me que tô chateada. olha não sei como vieste, nem me ouviste, simplesmente invadiste meu peito, arrancaste parte de mim e jogaste no lixo, e agora quero meu coração de volta, tenho dito!
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Ab imo corde
quarta-feira, 18 de julho de 2007
Abrindo um livro de niilismo
Eis as tão desejadas, f é r i a s - mas que tédio ein. Hã, não aguento mais, espero ir viajar logo, até acho que ter que suportar aquelas 'castelianos' contadores de estórias é bem mais interessante do que ficar sentada numa cadeira, digitando e digitando. é é. e ainda me depararei com essa musica hoje...
"...Fomos até o Batel, entramos no café, sentamos na mesa e pedimos um frappé, de óculos aro grosso discutimos socialismo, até que meu amigo abriu um livro de niilismo, fumando cigarro tiramos um sarro: o casal ao lado é tão demodê! olhei o relógio, já era hora, compramos ingresso pra ver o filme francês, achei um luxo: o diretor era japonês! ..." hahaha, infame, engraçado, tolo.
Ab initio
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